terça-feira, 2 de agosto de 2016

Lóios-ásperos (Centaurea aspera)




Lóios-ásperos (Centaurea aspera L.)
Erva perene, com raiz axonomorfa, multicaule, inerme, salvo nas brácteas do invólucro dos capítulos, com caules erectos, ascendentes ou decumbentes, por regra, muito ramificados, que podem atingir até cerca de 100cm; folhas com morfologia variada, mas todas não decurrentes, característica que, a par do número de espinhos dos apêndices das brácteas involucrais, permite facilmente distingui-la da Centaurea sphaerocephala subsp. lusitanica (Flora.on); flores agrupadas em capítulos terminais e solitários, com invólucro revestido por 5 ou 6 séries de brácteas imbricadas, apresentando as exteriores e as médias um apêndice apical espinhoso (as exteriores com 1 a 3 espinhos; e as médias  com 1 a 5, ou até 7, eventualmente).
Tipo biológico: hemicriptófito;  
Família: Asteraceae / Compositae;
Distribuição: Sul e Sudoeste da Europa (Portugal, Espanha, França e Itália); Noroeste de África (Argélia e Marrocos), mas presente, como espécie introduzida, em vários outros países europeus, bem como na América do Norte, Austrália e Canárias.
De acordo com  a Flora Iberica, ocorrem na Península Ibérica, três subespécies; a nominal (C. aspera aspera); a Centaurea aspera subsp. stenophylla e a Centaurea aspera subsp. scorpiurifolia. Das referidas três subespécies só ocorrem em Portugal, segundo a mesma fonte, as duas primeiras: a nominal, em grande parte do território do Continente (Algarve, Estremadura, Ribatejo, Beira Alta, Douro Litoral, Minho e Trás-os-Montes); e a C. a. stenophylla circunscrita à região do Algarve.
Ecologia/habitat: clareiras de matos e pinhais, baldios, bermas de estradas e caminhos, em solos mais ou menos nitrificados, com preferência por substratos básicos, a altitudes até 1500m. 
Floração: centrada nos meses de Abril a Junho, podendo esporadicamente surgir noutros meses ao longo de quase todo o ano.
Nota: Segundo a já citada Flora Iberica, para o reconhecimento das 3 citadas subespécies, terá sido determinante a morfologia foliar, em particular a forma das folhas caulinares médias: penatipartidas ou penatissectas com 1 a 4 lóbulos, ou, se inteiras, com 2 a 5 mm de largura (C. a. aspera); em geral inteiras, lineares, filiformes com 2 mm de largura (C. a. stenophylla); em geral inteiras, lanceoladas, oblongo-lanceoladas ou elípticas com 5 a 20 mm de largura (C. a. scorpiurifolia). 
(Local e data: Ludo - Faro (Algarve); 22 - Maio - 2016)

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